A depender do entusiasmo dos delegados que vão escolher a sede da Expo 2020, a cidade de Izmir, na Turquia, deve ser a grande adversária de São Paulo na disputa.

Em termos econômicos, a exposição -uma feira internacional de projetos urbanos- é considerada do porte de eventos como Copa do Mundo e Jogos Olímpicos.

A Expo, realizada desde o século 19, nunca ocorreu na América do Sul. Além de Izmir e São Paulo, concorrem Ayutthaya (Tailândia), Dubai (Emirados Árabes) e Ekaterimburgo (Rússia).

Ontem, em Paris, cada uma das cinco cidades teve 20 minutos para mostrar seu plano para receber a feira, que é realizada a cada cinco anos.

Os turcos foram os mais aplaudidos, mas isso não desanimou o prefeito Gilberto Kassab (PSD). "Continuamos com uma boa expectativa, mesmo depois de ver as outras apresentações. A nossa apresentação ocorreu dentro do que estava programado."

Todas as delegações tentaram mostrar as virtudes de suas cidades e, principalmente, o envolvimento da população com a feira, que é realizada durante seis meses em um centro de convenções que precisa ser totalmente novo.

No caso brasileiro, além de um filme que mostrou a maquete eletrônica do futuro centro de convenções de Pirituba, o povo "multicultural" de São Paulo também apareceu. Até um garoto japonês de cabelos loiros falou.

As apresentações de ontem são uma parte importante de convencimento dos delegados de 11 países. Há muita diplomacia a ser feita nos próximos meses. Haverá ainda uma visita técnica a cada um dos países no ano que vem. O trunfo de Izmir, a antiga Esmirna, cidade onde acabava a rota da seda no sentido leste, é a sua preocupação em oferecer saúde e novas rotas para um mundo totalmente globalizado --tema que eles escolheram para o evento.

São Paulo optou por se vender como a "força da diversidade e da harmonia para o crescimento".